sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Meu coração é de tinta e minha pele é de papel.

Eu sou um pixel em Clave de Sol, meticulosamente desenhado com uma caneta tinteiro em uma folha muito antiga, de um papel muito amarelo, em uma página de um velho livro de lombada, com uma capa vermelha e um titulo em dourado, perdido em alguma prateleira alta escondida e empoeirada em meio a tantos titulo lidos e relidos, vizinhando historias decoradas, esperando alguém encontrar, soprar seu pó para longe apreciar sua caligrafia única, e cantar seus versos singelos. E que esse o ponha na área nobre de sua prateleira e que saiba que nunca haverá história como aquela, e que sua costura é delicada e requer cuidados para não chorar páginas ao chão. Meu coração é de tinta, minha pele de papel, meus olhos vagam a procura de um leitor e minha voz o chamará como um titulo dourado tímido se apresenta à olhos interessados atrás de um par de óculos.

Bianca Zirke

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A coisa mais linda EVER!


- Então Charlie Brown...

…o que é amor pra você?
- Em 1987 meu pai tinha um carro azul
- Mas o que isso tem a ver com amor?
- Bom, acontece que todos os dias ele dava carona pra uma moça. Ele saía do carro, abria a porta pra ela, quando ela entrava ele fechava a porta, dava a volta pelo carro e quando ele ia abrir a porta pra entrar, ela apertava a tranca. Ela ficava fazendo caretas e os dois morriam de rir.
…acho que isso é amor

Lomo

Tamanho não é documento, a Diana Mini faz serviço de gente grande! Fotografa em formato quadrado ou “Half-Frame”: duas fotos no mesmo quadro, tiradas em tempos distintos, o que aumenta o filme de 36 em até 72 poses!  Além disso,  o foco é regulável, assim como como o tempo de exposição.
A grande vantagem da Diana Mini sobre sua irmã mais velha, a Diana F+ é o filme 35mm, que ainda é relativamente fácil de comprar e revelar. Em contrapartida, o flash é o exclusivo Diana Flash Plug e geralmente vendido separadamente.

Pra ter uma idéia do “Mini”, aqui vão as dimensões da câmera: 70mm x 101mm x 60mm.


O que os olhos vêem

Não sei porque mas não consigo me apegar à aspectos físicos das pessoas, ao menos não das quais eu realmente me importo. Acho uma ofensa a capacidade mental de alguém ser chamado de lindo e etc todo o tempo. Para mim os reais elogios vêem dos comentários sobre A pessoa mesmo, não que receber um agrado a beleza seja ruim, ao contrario, só acho que se isso se torna repetitivo você alimenta seus olhos e não sua mente. E, acredite, não fará diferença seus olhos morrerem de fome se você crescer com aquela pessoa, um dia todo belo vaso grego perde suas cores, o que deve ser permeado é a essência de cada um, e cada um deve correr atrás de criar uma para si. Mas não é isso que vejo, os belos ganham repercussão, são a doença da alienação da mídia, enquanto os grandes nomes, os grande pensadores que criaram grande parte do que faz você gostar do mundo são lembrados no centenário de morte. Em especial o povo brasileiro tem uma fissuração intrigante pelo perfeito, corpos esculturais queimados pelo sol, loiros cabelos sedosos que dançam ao vento, mas em sua maioria são uma casca vazia que se atrapalha e pensa durante um século para responder uma pergunta mais elaborada que não envolva “quantas vezes por dia você malha”. Esse tabu nunca será quebrado, e mesmo que os corpos esqueléticos ou delineados por um cirurgião saiam do foco, sempre haverá um padrão ridículo criados por NÓS MESMOS, não todos, mas a maioria, aquela massa de gente que não gosta de passar trabalho pensando e se entregam aos anúncios da mídia. Cada um deve ter a beleza que gosta, a beleza que o faz sentir bem não aquela que os outros lhe dizem ser o certo. A beleza é adquirida com o tempo naturalmente, não é necessário fazer uma obra restauradora, ou ir para a faca a cada nova ruga ou “defeito”. Os nossos defeitos é que nos fazem nós mesmos, se todos buscassem a perfeição estética, e já que ela é homogênea hoje, todos teriam a mesma cara, não lhe parece absurdo? Então valorize o que você acha bonito em você mesmo e dane-se o que os outros pensam, quem gosta de você irá se fascinar por o que você É, por sua essência, aquilo que faz de você uma alma, seus gostos, suas habilidades, tudo que você e só você é, todo o conjunto de ser humano que se instalou nesse corpo. Uma pessoa é bonita para mim a partir do momento que eu a conheço em seus atos e gostos, antes disso ela é apenas uma beleza passageira da qual não me lembrarei dali 5 min. Torne-se importante, torne-se alguém de verdade que vê um ser humano em cada um, não uma obra de arte de Deus.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Senhoras e senhores, Richard do Texas chegou.

- Quando tento meditar, parece que só estou discutindo comigo mesma.
- Isso é só seu ego tentando garantir que vai sempre estar no controle. É para isso que seu ego serve. Ele faz você se sentir afastada, faz você ter uma sensação de dualidade, tenta te convencer de que você é uma pessoa falha, imperfeita e sozinha, em vez de inteira
- Mas como é que isso pode me ajudar?
- Isso não te ajuda. A função do seu ego não é te ajudar. A única função dele é se manter no poder. E, neste momento, o seu ego está morrendo de medo, porque as asas dele estão prestes a serem cortadas. Se você continuar neste caminho espiritual, baby, os dias desse menino mau estão contados. Muito em breve, o seu ego vai estar desempregado, e o seu coração vai estar tomando todas as decisões. Então o seu ego está lutando pela própria sobrevivência, jogando com a sua mente, tentando mostrar a autoridade dele, tentando te manter encurralada em um cubículo, afastada do resto do universo. Não dê ouvidos a ele.
- Como é que se faz para não dar ouvidos?
- Já tentou tirar um brinquedo de uma criança pequena? Eles não gostam, não é? Começam a espernear e berrar. A melhor maneira de tirar um brinquedo de uma criança é distrair o moleque, dar a ele alguma outra coisa para brincar. Mudar o foco da sua atenção. Em vez de tentar tirar os pensamentos da sua mente na marra, arrume alguma coisa melhor para sua mente brincar. Alguma coisa mais saudável.
- Tipo o quê?
- Tipo amor, Sacolão. Puro e divino amor.
Eat, Pray, Love

Tintenherz


Coração de Tinta é o primeiro da série “Mundo de Tinta” escrita por Cornelia Funke, original “Tintenherz” em alemão ou “Inkheart” em inglês, 1ª edição 2006.
Bem, vamos aos personagens:
Mortimer, um restaurador de livros que é o chamado “Língua Encantada”, ou apenas Mo para Meggie, que é sua filha com Teresa, ou Resa , que é sobrinha de Elinor, dona de uma biblioteca invejável. Fenoglio que é o autor de Coração de Tinta, e consequêntemente o criador dos vilões, Basta a besta que não desgruda de sua navalha e é extremamente supersticioso, e Capricórnio o mais temido, que em segredo é filho de Mortola, amavelmente apelidada de Gralha. Dedo Empoeirado que é um cuspidor de fogo e anda com uma marta de chifrinhos chamado Gwin. E Farid, um garoto arrancado de “Os contos das mil e uma noites”.
A história gira em torno do dom de Mo, se ele ler em voz alta pode tirar os personagens da história, muito lindo até ai, o problema é que há uma regra, um sai e um entra. Sem saber disso em uma noite quando Meggie ainda era um bebê, Mo lia Coração de Tinta para a família, quando saíram Dedo Empoeirado, Capricórnio e Basta, e ao olhar para o lado Resa havia sumido (junto com os 2 gatos de estimação). Os personagens saem da casa, e Mo tenta inutilmente trazer Resa de volta. Muito tempo depois Dedo Empoeirado aparece novamente, secretamente a mando de Capricórnio que se empolgou com o novo mundo e quer trazer seus outros súditos, em troca diz a Dedo Empoeirado que fará ele voltar pra casa. Capricórnio obriga Mo a ler alguns livros para retirar o ouro que se encontrava nas páginas, mas quando ele lê “Os contos das mil e uma noites” nada sai, mas Meggie percebe que um garoto aparece, Farid. E não é a única coisa que cria vida dos livros, Meggie descobre que também tem o dom, e lê “Totó” o cachorrinho de Doroty de “O Mágico de OZ” e o Soldadinho de Chumbo. A mando de Capricórnio, Mortola manda Basta prender todos nas masmorras quando vão resgatar Mo, que seguiu Dedo Empoeirado. Dai pra frente é uma briga para sairem da cidade de Capricórnio e reaver o livro “Coração de Tinta” para tentar concertar tudo.
O mais legal no livro é que no início de cada capítulo há uma passagem de outro livro que tem haver com o que esta no próprio capítulo. A capa ilustra algumas cenas do livro, e tem Gwin em cima de um livro aberto. Também tem algumas ilustrações no fim de cada capítulo. That’s mine.
Au revoir

Primórdios da infância.


Vos apresento Anne, ou pelo menos é assim que eu à chamava quando minha mãe me deu ela, lá pelos meus 8 anos. Na época as “Fofoletes” tinham virado febre de novo. Pra quem não lembra ou não sabe, imagine pequenos serem extremamente coloridos (que se viessem com uma guitarra iam formar uma banda de “rock” hoje em dia) que tinham uma touca com um pom-pom na ponta. As meninas amavam, eu ainda tenho uma coleção, mas nenhuma é tão especial que nem essa.
A Anne é do começo dos anos 80, na época elas eram realmente caras, assim não era todo mundo que tinham uma coleção que nem uma década depois. Minha mãe tinha apenas essa e me deu quando viu o retorno das pequenas passando na TV. 
Algumas diferenças chamam a atenção, enquanto a Anne tem olhos de vidro as mais novas dispõem de pseudo oculares pintados na face de plástico, o plástico das cabeças também é bem diferente, o das novas são moldáveis digamos assim, já o das antigas é bem rígido. E, o “recheio”, o macacão na verdade é um saquinho cheio de bolinhas de isopor nas novas, mas a Anne é cheia de areia, acredite se quiser. 
As “Fofoletes” são um dos maiores exemplos da evolução dos brinquedos, os materiais são totalmente diferentes entre as épocas, a diversão também. Talvez quem que nem eu é dos anos 90 (ou antes, claro) ainda sabe o que é se divertir sem precisar de um Joystick ou uma tela de plasma, naquela época pouco se sabia o que era na verdade, o mais próximo que se tinha era um “Tamagotchi”, ai veio o game boy e dai pra frente é o que vemos hoje.
Acho que quando vejo um dos meus antigos brinquedos, o que me dá é pura pena da infância do futuro, é provável que já não saibam mais nem subir em um pé de goiaba ou tenham medo de andar descalço na areia.
Com profundo pesar.