quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Primórdios da infância.


Vos apresento Anne, ou pelo menos é assim que eu à chamava quando minha mãe me deu ela, lá pelos meus 8 anos. Na época as “Fofoletes” tinham virado febre de novo. Pra quem não lembra ou não sabe, imagine pequenos serem extremamente coloridos (que se viessem com uma guitarra iam formar uma banda de “rock” hoje em dia) que tinham uma touca com um pom-pom na ponta. As meninas amavam, eu ainda tenho uma coleção, mas nenhuma é tão especial que nem essa.
A Anne é do começo dos anos 80, na época elas eram realmente caras, assim não era todo mundo que tinham uma coleção que nem uma década depois. Minha mãe tinha apenas essa e me deu quando viu o retorno das pequenas passando na TV. 
Algumas diferenças chamam a atenção, enquanto a Anne tem olhos de vidro as mais novas dispõem de pseudo oculares pintados na face de plástico, o plástico das cabeças também é bem diferente, o das novas são moldáveis digamos assim, já o das antigas é bem rígido. E, o “recheio”, o macacão na verdade é um saquinho cheio de bolinhas de isopor nas novas, mas a Anne é cheia de areia, acredite se quiser. 
As “Fofoletes” são um dos maiores exemplos da evolução dos brinquedos, os materiais são totalmente diferentes entre as épocas, a diversão também. Talvez quem que nem eu é dos anos 90 (ou antes, claro) ainda sabe o que é se divertir sem precisar de um Joystick ou uma tela de plasma, naquela época pouco se sabia o que era na verdade, o mais próximo que se tinha era um “Tamagotchi”, ai veio o game boy e dai pra frente é o que vemos hoje.
Acho que quando vejo um dos meus antigos brinquedos, o que me dá é pura pena da infância do futuro, é provável que já não saibam mais nem subir em um pé de goiaba ou tenham medo de andar descalço na areia.
Com profundo pesar.

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